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terça-feira, 6 de julho de 2010

HISTÓRIA DA FILOSOFIA

I. A GRÉCIA
1) O berço da Filosofia. A Grécia e o mundo grego.
Localizada entre o Oriente Asiático e a Europa Ocidental, os gregos – dotados de instituições sociais e políticas que incentivavam a iniciativa individual – recolhem as matérias das grandes civilizações e com espírito sintético e artístico elevou este monumento de cultura, copiado por muitos até hoje. Os gregos fundaram muitas cidades Estado e os cidadãos livres podiam se dedicar a política e a cultura, já que os escravos cuidavam de todo trabalho braçal.
2) Condições históricas, econômicas, políticas e religiosas da Grécia no surgimento da Filosofia.
Enquanto a Filosofia nascia a Grécia passava por transformações profundas resultantes da retomada do comércio com o Oriente o que ocasionou uma efervescência religiosa e social. Nesse processo libertou-se o espírito humano que passou a procurar uma resposta racional para os acontecimentos

II. O MITO
3) A primeira tentativa de busca de compreensão do mundo: o mito.
O ser humano desde tempos remotos preocupou-se com as coisas ao seu redor. A primeira tentativa de busca da compreensão do mundo foi o MITO. Os gregos explicavam os fenômenos naturais, através do sobrenatural, eles atribuíam aos deuses todos processos que ocorriam na natureza. Quando Homero e Hesíodo colocar o MITO no papel, surgiram as primeiras críticas ao MITO.
4) A idéia de physis e sus importância para a passagem do pensamento mítico ao pensamento filosófico ou científico. Da arché ao logos.
Com a physis (natureza), os homens deixam de procurar as causas dos fenômenos naturais no mundo sobrenatural e passou a buscar as causas dos fenômenos naturais, no próprio mundo natural. A fim de evitar a regressão ao infinito da explicação causal, pois sempre existe possibilidade de buscar uma causa anterior, os filósofos tentam buscar um elemento primordial, a arché, um ponto de partida para todo o processo. Logos = discurso. O logos é o discurso dos primeiros filósofos, que explica o real por meio de causas naturais.
5) Arché e physis: esquemas mentais para compreender e explicar a realidade.
PHÝSIS: explicava a realidade dentro da própria realidade, a natureza era explicada dentro da própria natureza, sem recorrer a fatores sobrenaturais como era feito no Mito.
ARCHÉ: Se todo fenômeno natural tem uma causa que é natural, essa relação de causalidade leva ao infinito, pois sempre existe possibilidade de buscar uma causa anterior. Para resolver este problema de causalidade infinita, surge a ARCHÉ, que é o elemento primordial, que serve de ponto para todo o processo.
6) Pensamento mítico e pensamento científico.
Pensamento Mítico: tenta explicar os fenômenos naturais, buscando a causa dentro do mundo fenomênico.
Pensamento Científico: explica os fenômenos naturais, buscando a causa dentro da própria natureza, da própria realidade.

III. O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
7) Revolução grega ou milagre grego. O fato. As conseqüências. A interpretação.
Alguns recusam ver na nascente filosofia grega uma ruptura súbita com o mito, à semelhança de um milagre. A física jônia mais se aproxima de uma construção mítica e nada lembra s ciência como a conhecemos. Como o Mito, a física jônia não procurou as leis naturais. As antigas divindades embora recusadas nominalmente, estão presentes como forças ativas, sentidas como divinas. De qualquer modo porém, não há continuidade entre mito e a filosofia na Grécia. Ocorreu realmente profunda ruptura no pensamento grego. O importante é afirmar que algo de novo e muito importante aconteceu.

IV. A FILOSOFIA GREGA
8) Conhecimento sensível e conhecimento racional (dóxa: aparência, opinião), conhecimento sensível, e alethéia (verdade, certeza), conhecimento racional. Os gregos tiveram dificuldade em conciliar os dois até Aristóteles.
DÓXA: conhecimento sensível, aparência, opinião. Para os antigos gregos ele era incerto
ALETHÉIA: conhecimento racional, verdade, certeza. Para os antigos gregos a razão não engana.
A única maneira de se criar conceitos é através da análise e abstração do que o mundo nos oferece. Os sentidos são os nossos únicos meios de conexão com o mundo exterior. Os gregos tinham dificuldade de conciliar os dois, pois não conseguiam unir estes dois conceitos, não sabiam estabelecer a conexão entre eles. Aristóteles conseguiu. Aristóteles: “nada existe na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”.
10) O problema não solucionado da relação entre ser e movimento.
Para os gregos o movimento tinha outro sentido.
Movimento para os gregos:
Físico: mudança de lugar dos corpos no espaço físico.
Quantitativo: aumento e diminuição na quantidade dos corpos.
Qualitativo: alteração nas qualidades ou características dos corpos
Substancial: geração e corrupção dos corpos.
O universo apresenta dois aspectos:
Aspecto dinâmico: o movimento (no sentido grego), atestado pelos sentidos, afirmado pelo senso-comum.
Aspecto estático: caráter absoluto do ser.
Os gregos não conseguiram conciliá-los. Aristóteles não conseguiu

11) Movimentos da filosofia grega: centrípeta, cêntrica e centrífuga:
CENTRÍPETA: veio de outras regiões da Grécia em direção para Atenas. Período pressocrático.
CÊNTRICA: já esta na Grécia. Período Socrático.
CENTRÍFUGA: sai de Atenas e vai em direção às outras regiões. Período possocrático

12) A política para os gregos era parte da ética. Foi Maquiavel ( Século XV E.C) quem separou política e ética, tornando a política um conhecimento específico e autônomo (uma ciência). Conseqüências dessa separação.
A política para Platão não é uma ciência, é Ética. Para ele, o fim do Estado é tornar o indivíduo feliz, facilitando-lhe a prática da virtude. Ele acreditava que as ações do Estado deveriam orientar-se por valores de conduta, por preceitos que exprimem os desejos do homem e o ideal de virtude. Com Maquiavel, a política se separa da ética e se torna uma ciência. Ele justificava o uso dos meios da mentira, da dissimulação, da violência e da fraude pelo exercício do governo. Com esses pensamentos Maquiavel rompeu com o pensamento de que as ações do Estado deveriam orientar-se por princípios morais determinados, tornando a política um conhecimento específico e autônomo (uma ciência).

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