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terça-feira, 12 de junho de 2012

A IDENTIDADE SOCIAL




• É o que nos caracteriza como pessoa, quando alguém nos pergunta: Quem você é?

• A descrição que a pessoa faz de si enfatiza características peculiares de se relacionar com os outros, sendo características que foram aprendidas nas relações grupais através de papéis diversificados. É isto que dá a identidade social, que deixamos de ser um entre muitos.



CONSCIÊNCIA DE SI

• Os papéis sociais atendem à manutenção das relações sociais, representadas, no nível psicológico, pelas expectativas e normas que os outros envolvidos esperam que sejam cumpridas.

• O quanto à identidade social e os papéis exercem uma mediação ideológica, ou seja: criam uma ilusão de que os papéis são naturais e necessários e que a identidade é conseqüência de opções livres que fazemos no nosso conviver social, quando, de fato, são as condições sociais decorrentes da produção da vida material que determinam os papéis e a nossa identidade social.

• Consciência em si: assumir que somos conseqüência das opções que fazemos, sem examinarmos as condições sociais que, através da nossa história pessoal, foram determinando a aquisição destas características que nos definem, só poderemos estar reproduzindo o esperado pelos grupos “bem ajustados” que nos cercam.

• Se questionarmos o quanto a nossa história de vida é determinada pelas condições históricas do nosso grupo social – como estes papéis foram determinados socialmente- constataremos que nossos papéis e nossa identidade reproduzem, no nível ideológico, (do que é idealizado, valorizado) e no da ação – as relações de dominação como maneiras naturais e universais de ser social, necessárias para a manutenção da sociedade de classes onde poucos dominam e muitos são dominados através da exploração da força de trabalho.

• Quando formos capazes de questionar como agimos e porque agimos é que estaremos adquirindo a consciência de nós mesmos.

• A consciência de si poderá alterar a identidade social, na medida em que dentro dos grupos que nos definem, questionarmos os papéis e constarmos às relações de dominação que existem de uns sobre os outros.

• Este processo não é simples: os grupos e os papéis que os definem são cristalizados por instituições que buscam a “preservação social”.

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